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Collor recebe oferta de emprego em presídio: 40h/semana, salário mínimo

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Collor ganhou oportunidade em empresa que conta com atuação de presidiários

Fernando Collor recebe proposta de emprego em presídio de Maceió: carga horária de 40 horas semanais e salário mínimo

O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi surpreendido com uma proposta de emprego logo após chegar ao presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, na sexta-feira (25). A oferta, segundo a coluna do jornalista Carlos Madeiro, do UOL, foi feita pela empresa Pré-moldados Empresarial Alagoas, que possui uma fábrica no núcleo industrial dentro do complexo penitenciário. Collor recebeu a possibilidade de assumir o cargo de gerente geral, com salário de R$ 1.518

O proprietário da empresa, Roberto Boness, explicou que a proposta visa proporcionar a Collor uma oportunidade de trabalhar enquanto cumpre sua pena, já que, conforme a Lei de Execuções Penais, a cada três dias de trabalho, um dia de pena pode ser reduzido. "Todos os reeducandos recebem um salário mínimo. O interessante para ele seria a redução de pena e dar utilidade à sua vida, ao invés de ficar trancado sem fazer nada numa cela", comentou Boness.

A oferta de emprego prevê uma jornada de 40 horas semanais, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com uma hora de intervalo para o almoço. No entanto, o advogado de Collor, Marcelo Bessa, afirmou não ter conhecimento sobre a proposta.

Boness ressaltou que, apesar de não conhecer pessoalmente o ex-presidente, acreditou que a experiência gerencial de Collor poderia ser uma grande contribuição para sua empresa, já que nunca houve um reeducando com nível superior no local. "Com a visão gerencial dele, acredito que alavancaria nossa empresa a outro patamar", disse o empresário, de acordo com a reportagem.

A proposta foi formalizada por Boness ainda na sexta-feira, com uma mensagem enviada ao sistema prisional e aos advogados de Collor, incluindo os responsáveis pela audiência de custódia e aqueles que o representam em Brasília. "Cabe a ele aceitar", afirmou Boness.

Na empresa, Collor trabalharia com mais de 30 funcionários, incluindo 25 reeducandos condenados, como ele. Segundo Boness, a empresa nunca teve problemas com os 380 reeducandos que já passaram pela fábrica. "Em 13 anos, nunca tivemos nenhum problema", garantiu.

A fábrica está localizada no Núcleo Industrial Bernardo Oiticica, uma parceria entre o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e o sistema penitenciário de Alagoas, inaugurada em 2010. O espaço é uma referência nacional, com empresas que oferecem vagas de trabalho a reeducandos. Atualmente, 15 empresas estão instaladas no local.

Para que Collor possa assumir o cargo, será necessário que seus advogados solicitem sua transferência para o Núcleo Ressocializador da Capital, um presídio-modelo dentro do complexo penitenciário, destinado a presos com bom comportamento que trabalham. O Núcleo Ressocializador é considerado a melhor estrutura entre os presídios de Alagoas, ao contrário do Baldomero Cavalcanti, onde Collor se encontra, um local recentemente denunciado por suas más condições estruturais.

Embora tenha sido inicialmente alocado na sala do diretor do presídio, e não em uma cela, a previsão é que, em menos de um ano e meio, Collor tenha direito a cumprir sua pena em regime semiaberto. No entanto, como Alagoas adota a prisão domiciliar no lugar do semiaberto, a defesa de Collor ainda aguarda a análise de seu pedido de prisão domiciliar, considerando sua idade e problemas de saúde, como Parkinson e bipolaridade.

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