Tenha cuidado com aflatoxinas, o que são e como evitar seu consumo?
Aumento do risco de câncer de fígado (hepatocarcinoma), supressão do sistema imunológico, problemas de crescimento em crianças e possíveis efeitos teratogênicos (malformações congênitas). Veja a seguir:
© Fornecido por eCycle - O que são aflatoxinas e como evitar seu consumo?
Aflatoxinas são um tipo de micotoxinas produzidas pelos fungos do gênero Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. nomius. Esses fungos podem ser encontrados em uma diversidade de cultivos de alimentos, como amendoim, trigo, nozes, milho e algodão.
Quando ingeridas por humanos e animais, as aflatoxinas podem causar danos no fígado, hepatite B, malformação congênita, problemas de imunidade e até mesmo morte. Isso mostra que nem todos os fungos podem ser ingeridos com segurança.
Espécies de fungos produtores de aflatoxinas
Embora seja possível encontrar aflatoxinas em espécies de fungos como a Emericella spp., as principais espécies produtoras são os fungos A. flavus, A. parasiticus e A. nomius.
Ao todo, os fungos são capazes de produzir mais de 20 tipos de aflatoxinas, mas as mais conhecidas são a aflatoxina B1 (AFB1), aflatoxina B2 (AFB2), aflatoxina G1 (AFG1) e aflatoxina G2.
Entretanto, fungos que produzem essas micotoxinas são encontrados em todo o mundo. As espécies flavus podem contaminar colheitas inteiras e permanecerem vivas durante o armazenamento e processamento dos alimentos.
Elas normalmente são encontradas em cultivos de milho, sementes de algodão e frutos de casca dura. Seu modo de dispersão pode se dar pelo ar, solo e folhas. Já as espécies parasiticus são mais dominantes em cultivos de amendoim.
Ingestão de aflatoxinas
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecem que existem muitas toxinas presentes em produtos agrícolas.
O problema no caso das aflatoxinas é que, além de contaminarem os alimentos, elas não podem ser destruídas por meio do cozimento.
Para garantir a segurança alimentar de produtos possivelmente contaminados com aflatoxinas, é preciso aplicar métodos industriais físicos, químicos e biológicos. Dessa forma, elas são eliminadas total ou parcialmente.
Efeitos das aflatoxinas
O método de exposição mais comum a essas toxinas ocorre após o consumo de produtos vegetais contaminados ou ao consumo de carne ou laticínios de animais que comeram alimentos contaminados. No entanto, agricultores e outros trabalhadores agrícolas podem ser expostos pela inalação de poeiras geradas durante o manuseamento e processamento de culturas e alimentos contaminados.
Em geral, as aflatoxinas podem causar inúmeros tipos de efeitos nocivos ao ser humano após a contaminação. Porém, acredita-se que normalmente prejudicam mais fortemente o fígado, causando hepatotoxicidade. Os efeitos desse quadro incluem febre, mal-estar e anorexia, seguidos de dor abdominal, vômitos e hepatite.
Por outro lado, a toxicidade crônica pode gerar efeitos imunossupressores e até carcinogênicos.
Como afeta o organismo humano
A FAO categoriza os efeitos dessas toxinas em relação aos sistemas e órgãos que atuam sobre. Segundo a organização, a intoxicação por aflatoxinas (aflatoxicose) pode afetar:
Tipos de aflatoxicose
De acordo com a FAO, existem dois tipos de aflatoxicose, classificadas pelo tipo de exposição. São elas a aflatoxicose aguda e a crônica.
Aflatoxicose aguda
A intoxicação aguda é caracterizada pelo desenvolvimento da doença hepatotóxica, que pode ser manifestada através dos seguintes sintomas:
Acredita-se que cerca de 4,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo estão em risco à condição, que pode causar:
A presença de aflatoxinas é comum em oleaginosas, especiarias e cereais contaminados durante várias etapas da colheita ou armazenamento. A contaminação fúngica pode ocorrer no campo ou durante a colheita, transporte e armazenamento.
Em casos de contaminação no trigo, normalmente a ocorrência se dá como resultado de armazenamento inadequado. No leite, essas micotoxinas representam geralmente 16% do conteúdo total. Mas, elas também podem estar presentes em ovos, carne e derivados, leite e produtos lácteos.
Efeitos na agricultura e nos alimentos
As aflatoxinas podem gerar prejuízos significativos às culturas agrícolas. Commodities como milho, amendoim, pistache, castanha-do-pará, copra e coco são altamente suscetíveis à contaminação por aflatoxina, enquanto o trigo, aveia, milheto, cevada, arroz, mandioca, soja, feijão, leguminosas e sorgo são geralmente mais resistentes à esse tipo de contaminação. Já produtos agrícolas como cacau, linhaça, sementes de melão e sementes de girassol raramente são contaminados.
Saúde pública e controle
Uma das principais formas de controlar as aflatoxinas é por meio do biocontrole. Essa técnica se dá por meio da promoção da competitividade de cepas toxigênicas de A. flavus com o uso de cepas não toxigênicas, reduzindo a contaminação, principalmente em culturas de milho.
Mas a espécie A. flavus atoxigênica também é usada para a prevenção de aflatoxina em cultivos de amendoim, milho e caroço de algodão. Boas práticas agrícolas também ajudam a controlar as toxinas. Entre essas práticas, se destacam boa nutrição de plantas, controle de ervas daninhas e rotação de culturas.
A FAO ressalta, também, métodos de prevenção à aflatoxicose, que incluem:
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Aflatoxinas são um tipo de micotoxinas produzidas pelos fungos do gênero Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. nomius. Esses fungos podem ser encontrados em uma diversidade de cultivos de alimentos, como amendoim, trigo, nozes, milho e algodão.
Quando ingeridas por humanos e animais, as aflatoxinas podem causar danos no fígado, hepatite B, malformação congênita, problemas de imunidade e até mesmo morte. Isso mostra que nem todos os fungos podem ser ingeridos com segurança.
Embora seja possível encontrar aflatoxinas em espécies de fungos como a Emericella spp., as principais espécies produtoras são os fungos A. flavus, A. parasiticus e A. nomius.
Ao todo, os fungos são capazes de produzir mais de 20 tipos de aflatoxinas, mas as mais conhecidas são a aflatoxina B1 (AFB1), aflatoxina B2 (AFB2), aflatoxina G1 (AFG1) e aflatoxina G2.
Entretanto, fungos que produzem essas micotoxinas são encontrados em todo o mundo. As espécies flavus podem contaminar colheitas inteiras e permanecerem vivas durante o armazenamento e processamento dos alimentos.
Elas normalmente são encontradas em cultivos de milho, sementes de algodão e frutos de casca dura. Seu modo de dispersão pode se dar pelo ar, solo e folhas. Já as espécies parasiticus são mais dominantes em cultivos de amendoim.
Ingestão de aflatoxinas
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecem que existem muitas toxinas presentes em produtos agrícolas.
O problema no caso das aflatoxinas é que, além de contaminarem os alimentos, elas não podem ser destruídas por meio do cozimento.
Para garantir a segurança alimentar de produtos possivelmente contaminados com aflatoxinas, é preciso aplicar métodos industriais físicos, químicos e biológicos. Dessa forma, elas são eliminadas total ou parcialmente.
Efeitos das aflatoxinas
O método de exposição mais comum a essas toxinas ocorre após o consumo de produtos vegetais contaminados ou ao consumo de carne ou laticínios de animais que comeram alimentos contaminados. No entanto, agricultores e outros trabalhadores agrícolas podem ser expostos pela inalação de poeiras geradas durante o manuseamento e processamento de culturas e alimentos contaminados.
Em geral, as aflatoxinas podem causar inúmeros tipos de efeitos nocivos ao ser humano após a contaminação. Porém, acredita-se que normalmente prejudicam mais fortemente o fígado, causando hepatotoxicidade. Os efeitos desse quadro incluem febre, mal-estar e anorexia, seguidos de dor abdominal, vômitos e hepatite.
Por outro lado, a toxicidade crônica pode gerar efeitos imunossupressores e até carcinogênicos.
Como afeta o organismo humano
A FAO categoriza os efeitos dessas toxinas em relação aos sistemas e órgãos que atuam sobre. Segundo a organização, a intoxicação por aflatoxinas (aflatoxicose) pode afetar:
- Mudanças patológicas: causando possivelmente o aumento do fígado, rins e baço e síndrome do fígado gorduroso.
- Sistema urinário: inflamação renal que pode levar à falha do órgão.
- Digestão: diminuição da digestão e absorção de proteínas e gorduras, degradação prejudicada de carboidratos, diminuição da motilidade, diarreia.
- Sistema nervoso: possivelmente causando um comportamento anormal ou, até mesmo, a depressão.
- Sistema reprodutivo: contagem reduzida de espermatozoides e infertilidade; ou resultados neonatais fetos com baixo peso ao nascer.
- Crescimento: segundo a FAO, evidências sugerem que a exposição às aflatoxinas pode reduzir a taxa de crescimento em seres humanos.
- Gene e expressão gênica: pode apresentar efeito teratogênico que causa defeitos congênitos.
- Gene e supressão genética: efeitos carcinogênicos, principalmente nos rins.
- Imunossupressão: diminuição da resistência e suscetibilidade ao HIV, tuberculose e outras infecções oportunistas.
Tipos de aflatoxicose
De acordo com a FAO, existem dois tipos de aflatoxicose, classificadas pelo tipo de exposição. São elas a aflatoxicose aguda e a crônica.
Aflatoxicose aguda
A intoxicação aguda é caracterizada pelo desenvolvimento da doença hepatotóxica, que pode ser manifestada através dos seguintes sintomas:
- Depressão;
- Anorexia;
- Icterícia;
- Hemorragias;
- Edema das extremidades inferiores;
- Dor abdominal;
- Vômito.
Acredita-se que cerca de 4,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo estão em risco à condição, que pode causar:
- Câncer de fígado: responsável por 5% de 28% do casos desse tipo de câncer;
- Função imunológica prejudicada;
- Atrofia infantil;
- Possíveis defeitos do tubo neural.
A presença de aflatoxinas é comum em oleaginosas, especiarias e cereais contaminados durante várias etapas da colheita ou armazenamento. A contaminação fúngica pode ocorrer no campo ou durante a colheita, transporte e armazenamento.
Em casos de contaminação no trigo, normalmente a ocorrência se dá como resultado de armazenamento inadequado. No leite, essas micotoxinas representam geralmente 16% do conteúdo total. Mas, elas também podem estar presentes em ovos, carne e derivados, leite e produtos lácteos.
Efeitos na agricultura e nos alimentos
As aflatoxinas podem gerar prejuízos significativos às culturas agrícolas. Commodities como milho, amendoim, pistache, castanha-do-pará, copra e coco são altamente suscetíveis à contaminação por aflatoxina, enquanto o trigo, aveia, milheto, cevada, arroz, mandioca, soja, feijão, leguminosas e sorgo são geralmente mais resistentes à esse tipo de contaminação. Já produtos agrícolas como cacau, linhaça, sementes de melão e sementes de girassol raramente são contaminados.
Saúde pública e controle
Uma das principais formas de controlar as aflatoxinas é por meio do biocontrole. Essa técnica se dá por meio da promoção da competitividade de cepas toxigênicas de A. flavus com o uso de cepas não toxigênicas, reduzindo a contaminação, principalmente em culturas de milho.
Mas a espécie A. flavus atoxigênica também é usada para a prevenção de aflatoxina em cultivos de amendoim, milho e caroço de algodão. Boas práticas agrícolas também ajudam a controlar as toxinas. Entre essas práticas, se destacam boa nutrição de plantas, controle de ervas daninhas e rotação de culturas.
A FAO ressalta, também, métodos de prevenção à aflatoxicose, que incluem:
- Remoção das fontes de contaminação;
- Promoção de melhores técnicas agrícolas e de armazenamento de alimentos;
- O desenvolvimento de recursos eficientes para a testagem e diagnóstico da condição;
- A criação de padrões rígidos de qualidade alimentar;
- Aumentar a conscientização geral e social sobre as aflatoxinas e os ricos que apresentam à saúde, assim a assegurando a segurança da população;
- Implementar uma alimentação melhor e mais segura ao gado, além de estabelecer um melhor ambiente para esses animais, evitando a sua contaminação e, consequentemente, a contaminação humana.
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