Igreja terá que devolver oferta de R$ 200 mil a fiel que teve vida ‘amaldiçoada’
A decisão da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que, além da devolução, a igreja terá que pagar indenização de...
© Imagem Ilustrativa: Pixabay
A Justiça de Minas Gerais condenou uma igreja a ressarcir um fiel que doou mais de R$ 200 mil para a instituição. O pastor da comunidade teria dito que, sem a doação, a vida do homem estaria “amaldiçoada”.
A decisão da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que, além da devolução, a igreja terá que pagar indenização de R$ 12 mil por danos morais.
Segundo o processo, o fiel vendeu uma propriedade em Rondônia, no valor de R$ 413 mil, e entregou o contrato para a igreja, para que fossem feitas orações sobre o documento. Mas ao saber do valor da negociação, um pastor teria começado a assediar o fiel, tentando convencê-lo a doar a quantia afirmando que, caso contrário, a “vida dele estaria amaldiçoada”.
Por isso, o homem fez uma doação de R$ 269.157, sendo R$ 146.500 por meio de cheques, R$ 40 mil de um imóvel, R$ 22.657 de um automóvel e R$ 60 mil em espécie.
A defesa da instituição alegou que não houve “vício de consentimento e coação moral no presente caso”. Ainda conforme a ré, a suposta doação da casa não teria sido concretizada, “tendo a documentação sido encaminhada ao departamento jurídico da igreja apenas para análise de ‘futura doação desse imóvel’”.
A Justiça de Minas Gerais condenou uma igreja a ressarcir um fiel que doou mais de R$ 200 mil para a instituição. O pastor da comunidade teria dito que, sem a doação, a vida do homem estaria “amaldiçoada”.
A decisão da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que, além da devolução, a igreja terá que pagar indenização de R$ 12 mil por danos morais.
Segundo o processo, o fiel vendeu uma propriedade em Rondônia, no valor de R$ 413 mil, e entregou o contrato para a igreja, para que fossem feitas orações sobre o documento. Mas ao saber do valor da negociação, um pastor teria começado a assediar o fiel, tentando convencê-lo a doar a quantia afirmando que, caso contrário, a “vida dele estaria amaldiçoada”.
Por isso, o homem fez uma doação de R$ 269.157, sendo R$ 146.500 por meio de cheques, R$ 40 mil de um imóvel, R$ 22.657 de um automóvel e R$ 60 mil em espécie.
A defesa da instituição alegou que não houve “vício de consentimento e coação moral no presente caso”. Ainda conforme a ré, a suposta doação da casa não teria sido concretizada, “tendo a documentação sido encaminhada ao departamento jurídico da igreja apenas para análise de ‘futura doação desse imóvel’”.
Processo
A 1ª Instância acolheu o pedido do autor e determinou que a instituição religiosa devolvesse a quantia integral ao fiel. Diante dessa decisão, a igreja recorreu. O relator, desembargador Amorim Siqueira, modificou a sentença, sob o fundamento de que o fiel não conseguiu provar que fez a doação de R$ 60 mil em espécie à igreja.
O magistrado também isentou a instituição de ressarcir os R$ 40 mil do imóvel, sob o fundamento de que não ficou comprovado que a casa teria sido transferida para a denominação.
No entanto, o relator ressaltou que o fiel é uma pessoa vulnerável a este tipo de pressão e julgou a ação em favor da vítima. Ele considerou evidenciado que o autor foi pressionado pelo religioso a vender tudo o que tinha em troca de uma suposta “bênção de Deus”.
O desembargador Leonardo de Faria Beraldo e o juiz convocado Fausto Bawden de Castro Silva votaram de acordo com o relator.
A 1ª Instância acolheu o pedido do autor e determinou que a instituição religiosa devolvesse a quantia integral ao fiel. Diante dessa decisão, a igreja recorreu. O relator, desembargador Amorim Siqueira, modificou a sentença, sob o fundamento de que o fiel não conseguiu provar que fez a doação de R$ 60 mil em espécie à igreja.
O magistrado também isentou a instituição de ressarcir os R$ 40 mil do imóvel, sob o fundamento de que não ficou comprovado que a casa teria sido transferida para a denominação.
No entanto, o relator ressaltou que o fiel é uma pessoa vulnerável a este tipo de pressão e julgou a ação em favor da vítima. Ele considerou evidenciado que o autor foi pressionado pelo religioso a vender tudo o que tinha em troca de uma suposta “bênção de Deus”.
O desembargador Leonardo de Faria Beraldo e o juiz convocado Fausto Bawden de Castro Silva votaram de acordo com o relator.
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