Livre da cadeia, assassina dos pais abre negócio pela internet

Libertada após 20 anos de prisão pelo assassinato dos próprios pais, Suzane von Richthofen avisou à Justiça que vai morar num sítio em Angatuba, no interior de São Paulo e montou um negócio para vender chinelos decorados pelo Instagram.

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Ela deixou o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, no dia 11/1. E cumpre o restante da pena em regime aberto. Passou a morar num sítio em Angatuba, onde montou a produção.

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Ela tem cerca de 5,6 mil seguidores e a rede social tem comentários que variam desde críticas à sua soltura até apoio para uma "segunda chance".

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A 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté concedeu a progressão ao regime aberto, após Richtofen cumprir todos os requisitos jurídicos para isso. Suzane não pode sair da cidade e segue com algumas obrigações como se apresentar à Justiça com certa frequência. Caso cometa qualquer delito, por mais "leve" que seja, perderá o benefício e voltará para a cadeia.

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A soltura definitiva de Suzane, que não é o fim da pena, revoltou muita gente, que a vê como um perigo para a sociedade. Outros, porém, reforçam que ela deixou a cadeia dentro da lei. E você, o que acha?
Na ocasião da soltura de Suzane, muita gente manifestou repúdio dizendo que a vê como um perigo para a sociedade. Outros, porém, reforçam que ela deixou a cadeia dentro da lei.

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Suzane estava desde 2017 tentando a progressão do regime semiaberto para o regime aberto. No primeiro, ela podia sair para trabalhar, estudar ou sair em alguns feriados, mas sempre voltando para a cadeia à noite.

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Suzane ficou presa desde 2002, em regime fechado. Em outubro de 2015, ela conseguiu a progressão para o regime semiaberto. Em março do ano seguinte, ela saiu pela primeira vez, durante uma saída temporária de Páscoa.

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Nos últimos anos, Suzane trabalhava com costura no próprio presídio e confeccionava os uniformes das presas. Ela também fazia artesanatos e trabalhava de seis a oito horas.

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A soltura definitiva de Suzane, que não é o fim da pena, revoltou muita gente, que a vê como um perigo para a sociedade. Outros, porém, reforçam que ela deixou a cadeia dentro da lei. E você, o que acha?

À noite, ela estudava biomedicina, em uma faculdade em Taubaté, cidade vizinha à Tremembé. Ela tinha permissão para estudar de 18h às 23h e depois ir para a cadeia dormir. Suzane tinha que chegar ao presídio até 23h45.

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Isso tudo a ajudou a diminuir a sua pena de 39 anos e seis meses para 34 anos e 4 meses. Assim, a sua pena vai até o início de 2039, já que está presa desde o final de 2002.

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Além disso, o bom comportamento na prisão a ajudou a conseguir a progressão de pena. A pena dela não irá até o fim. Isso porque, no Brasil, o máximo que pode ficar preso são 30 anos, mesmo com condenações maiores.

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Nos últimos anos, Suzane foi flagrada pegando transporte público para ir e voltar para a faculdade, aparentemente sem medo de ser linchada. Antes, usava carros de aplicativo. Outra foto famosa é dela em um seminário na faculdade.

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O crime de Suzane foi cometido em 31 de outubro de 2002. Na ocasião, ela, o namorado Daniel Cravinhos e o irmão Cristian Cravinhos mataram os pais da jovem, Manfred e Marísia.

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Eles foram assassinados com barras de ferro enquanto dormiam, no segundo andar do imóvel. O crime foi motivado, pois os pais de Suzane não aceitavam o relacionamento dela com Daniel. Além disso, o trio planejava ficar com a fortuna do casal.

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A herança ficou com o irmão de Suzane, Andreas, que vendeu a mansão por R$ 1,6 milhão, em 2014. Estudos indicam que a casa vale até o dobro, mas o herdeiro vendeu logo para apagar de vez a lembrança do caso.

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Inicialmente, o crime foi investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a Polícia logo descobriu a verdade. Primeiro, porque eles tiraram Andreas de casa e depois porque não tinha sinal de arrombamento da casa. Além disso, os alarmes estavam desligados.

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Andreas, assim como o pai, era reservado e tímido. Era um garoto muito estudioso e que tinha 15 anos na época do crime. No mesmo dia do assassinato, a pedido da polícia, saiu de casa e foi morar com os tios.

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Ele era muito próximo da irmã, mas não participou do crime. Após o crime, continuou estudando, ingressou na faculdade e tinha uma carreira promissora, mas nos últimos anos chegou a ser preso por invadir residências e internado por abuso de substâncias ilícitas.

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A casa hoje pertence a um engenheiro e a uma dentista, que não dão entrevistas e raramente vão ao imóvel. Por fora, é possível ver que eles reformaram a parte externa da casa, como apagar as pichações que pediam justiça.

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A mansão foi comprada por Manfred e Marísia Richtofen em 1998. Na época, o casal pagou R$ 330 mil. A residência tem muros muito altos, piscina, escritório, biblioteca e garagem. Veja uma foto da época.

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Manfred era um rico engenheiro alemão, mas naturalizado brasileiro. Ele trabalhava na Dersa e participou do projeto de construção da rodoanel Mário Covas, via expressa que contorna a cidade.

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Marísia tinha 50 anos e nasceu no interior de São Paulo, na cidade de José Bonifácio. Ela, curiosamente, era médica psiquiatra, mas, ao que tudo indica, nunca tinha notado uma possível psicopatia na filha. A matriarca era considerada a mais extrovertida da família.

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Curiosamente, o Google Maps não mostra a casa onde foi cometido o crime de Suzane. Hoje, ela está com 39 anos e é uma das pessoas mais famosas do Brasil, justamente por conta do que fez.

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Hoje, Daniel Cravinhos também está no regime aberto, desde 2018. A sua pena vai até 2041.

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Em 2017, Cristian conseguiu o regime aberto, mas cometeu novos crimes, voltou para a cadeia e perdeu todos os benefícios. Sua pena vai até 2043. Também está em Tremembé.

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A história virou filme. "O Menino que matou meus pais", de 2020, é contado sob o ponto de vista de Suzane. Já a "A menina que matou os pais", também de 2020, é contado sob a ótica de Daniel, explicando os porquês do crime. Ambos têm Carla Diaz no papel principal e direção de Mauricio Eça. Também há livro.

Com informações Flipar.

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